Roman Seleznev, oriundo da cidade russa de Vladivostok, no Extremo Oriente, foi preso pela inteligência norte-americana nas Maldivas em 2014 e depois transportado para Seattle, Washington, para ser julgado por suposto crime cibernético, que afetou centenas de empresários e milhares de particulares de Washington. No total, Seleznev terá hackeado cerca de três milhões de cartões, mas o tribunal conseguiu provar apenas o roubo de 1,7 milhões deles.
"Eu assumo a plena responsabilidade por tudo. Tenho receio do castigo, mas me sinto aliviado por ter sido finalmente preso porque a vida de criminosos não é nada boa", escreveu o hacker em inglês.
Procuradores do Tribunal Distrital de Seattle exigem uma pena de prisão de 30 anos para Seleznev (de 32 anos), que deve ser julgado em 21 de abril em Seattle.
"Dadas as imensas vantagens originadas pela fraude e as dificuldades de identificar e capturar criminosos cibernéticos como Seleznev, achamos necessária a sentença de 30 anos para assegurar uma dissuasão eficaz e proteger a sociedade de futuros crimes do réu", diz a acusação, a que a Sputnik teve acesso.
A detenção do hacker nas Maldivas e a posterior extradição para os EUA foram fortemente criticadas pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia, que definiu a detenção de Seleznev como sequestro e ação que contradiz todas as normas do direito internacional.