Isso foi declarado por especialistas russos e chineses à Sputnik China a propósito do lançamento da Tianzhou-1 pela China no dia 20 de abril. Eles notaram que a China está repetindo a via soviética de desenvolvimento das espaçonaves tripuladas sem oferecer soluções fundamentalmente novas, mas realizando seu programa a um nível tecnológico mais elevado.
A Tianzhou-1 tem um comprimento de pouco mais de 10 metros e é a maior espaçonave construída pela China. Para isso chama a atenção o jornal de Hong Kong South China Morning Post. As asas das suas baterias solares, em posição aberta, podem ser comparadas com um campo de basquete. Elas são maiores que as asas do laboratório espacial Tiangong, ao qual a espaçonave de carga se vai acoplar.
A Tianzhou-1 tem um peso pequeno em comparação com as espaçonaves da sua classe, porém tem uma boa relação entre o peso total a o das cargas levadas para a órbita. Em comparação com as Progress, Cygnus e Dragon, este indicador é bastante mais alto, notaram os especialistas.
O pesquisador do 15º Centro do Instituto de Pesquisas Cientificas de Tecnologias de Foguetes Portadores da China, Jin Yinshi, considera o lançamento da espaçonave de carga como um avanço da ciência espacial chinesa:
"O lançamento da espaçonave de carga Tianzhou-1 tem uma grande importância. O foguete portador Chang Zheng 7, que foi utilizado para o lançamento, pertence à classe de foguetes portadores pesados que utilizam oxigênio liquido como combustível. Sua carga máxima foi aumentada para um nível altíssimo. Também se trata de uma nova etapa no transporte de cargas, acoplamento automático com uma estação espacial e reabastecimento durante um voo autônomo", destacou o especialista.
O perito chinês também chamou a atenção para a exploração pacifica do espaço.
"Falando no plano global, espero que os diversos países consigam avançar no desenvolvimento de tecnologias semelhantes, utilizá-las para fins civis e estimular o desenvolvimento pacífico da humanidade, e não se compararem aos EUA que utilizam essas tecnologias na área militar, provocando a corrida aos armamentos", sublinhou o especialista chinês.