Por que Bill O'Reilly é famoso?
A carreira do jornalista de TV, O'Reilly, começou em um canal local do estado da Pensilvânia, onde ele era o “homem do tempo”. Depois de trabalhar em várias empresas televisivas, ingressou no Fox News no ano de 1995.
Os bens do apresentador, depois de décadas de transmissão em prime-time, são avaliados em algumas dezenas de milhões de dólares. Nos últimos anos, ele ganhou a fama de observador conservador.
Aliás, O'Reilly era amigo íntimo do ex-presidente do Fox News, Roger Ailes, que foi demitido no ano de 2016 por acusações de assédio sexual.
A posição do canal
A demissão da estrela foi divulgada pela 21 Century Fox, empresa do Fox News.
"A empresa e Bill O'Reilly chegaram ao acordo que ele não voltará ao Fox News", informa a mensagem.
Para dissimular o escândalo, o canal pagou para as vítimas 13 milhões de dólares de compensação. Mas as perdas do grande canal não pararam por aí: os patrocinadores do programa de O'Reilly começaram a revocar seus contratos.
O escândalo de fevereiro
No início de fevereiro, Bill O'Reilly ocupou o centro de outro escândalo. Durante entrevista com o presidente dos EUA, Donald Trump, o apresentador falou sobre as acusações do Ocidente contra Moscou, referindo-se a Putin como "assassino".
"E o que você pensa? Que nosso país é inocente?", respondeu o chefe da Casa Branca sobre isso.
O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, considerou as declarações do jornalista como inaceitáveis e notou que o Kremlin espera desculpas.
Por sua vez, o apresentador simplesmente riu de Moscou.
"Estou trabalhando no pedido de desculpas, mas isso pode demorar um pouco. Vocês poderão verificá-la em 2023", disse O'Reilly em seu programa.
O Kremlin se prontificou em refrescar sua memória quanto à promessa no ano de 2023.
"Em primeiro lugar, possuímos concepções diferentes quanto ao bom-tom e normas de etiqueta do assim chamado cavalheiro, mas somos bons e pacientes. Vamos agendar na nossa agenda do ano de 2023 e depois voltaremos a este assunto", disse Peskov na época.
Ao mesmo tempo, o porta-voz do presidente notou que as autoridades não planejam aplicar nenhuma sanção contra ao Fox News.
"Para a gente não foi incidente. Mas de qualquer maneira, vamos dizer assim, as ofensas, que foram pronunciadas pelo apresentador desta ou de outra mídia e depois abafadas pela redação, caracterizam a mídia em questão como sendo do lado mau. Trata-se de um caso vergonhoso para companhia Fox, pelo menos, aos nossos olhos. Gerenciamos fortemente os regulamentos da lei midiática do nosso país. Vocês devem saber que a nossa posição é igual para todas as mídias, sejam elas federais, regionais e internacionais", explicou aos jornalistas o representante do Kremlin.
O falso especialista
A biografia de O'Reilly é cheia de escândalos. Assim, por exemplo, em fevereiro, ele foi acusado de convidar falso especialista para participar de seu programa.
Em uma das edições do "Fator de O'Reilly", participou o especialista chamado Nils Bildt, que foi apresentado pelo jornalista como assessor da defesa e segurança nacional da Suécia. Ao ar o "assessor" confirmou as palavras de Donald Trump sobre a desordem causada pelos migrantes em sua pátria.
Depois da transmissão do programa, autoridades suecas declararam que Bildt não possui relação alguma com os serviços de segurança da Suécia.
O'Reilly foi obrigado a reconhecer o "erro" do canal, mesmo não tendo dúvidas da exatidão da informação divulgada pelo "especialista".
"Para dizer a verdade, a informação prestada no tema era a correta, mas olhando para trás, deve-se dizer que deveríamos ter escolhido um especialista mais relevante que é contra migrantes", destacou o jornalista.
Segundo Bildt, o canal inventou seu cargo antes da edição do programa. Fox News desmentiu as acusações do convidado.
O jornal The New York Times esclareceu que o sobrenome do falso assessor é Tolling. Ele se tornou Bildt em 2013, quando começou sua carreira política: o mesmo sobrenome tem o ex-premiê da Suécia Carl Bildt.
Além disso, segundo o jornal, o falso assessor possui problemas com a polícia e até já foi condenado.