Como acreditam os cientistas hoje em dia, todas as estrelas e planetas nascem em névoas frias e gasosas, cheias de hidrogênio neutral, hélio e pó. Ali, o gás é acumulado, formando, assim, os "embriões" estrelares.
Chin-Fei Lee e seus colegas investigaram a névoa L1630 na constelação de Orion, onde se encontra uma das maiores "creches para estrelas" da Via Láctea. De acordo com as fotos, o disco em questão não parece nada com panqueca, pois definitivamente é um sanduíche.
E é neste sanduíche onde milhares de estrelas surgem, informa a Science Advances. Os cientistas esperavam que pelo menos uma delas fosse bastante nova para possuir disco primário de acreção.
Ao observar os astros com ajuda do rádio observatório chileno ALMA, cientistas encontraram a jovem estrela de 40 mil anos — HH 212, que se encontra a 1.300 anos-luz da Terra, facilitando o estudo dos estudiosos.
Apesar das esperanças dos planetólogos, o disco de acreção representa não uma estrutura esférica sem ressaltos, mas um "sanduíche" peculiar de três partes — dois "pãezinhos" ovais compostos por matéria descarregada, que rodeiam a estrela, e o assim chamado "hambúrguer", a camada fria de gás e pó entre os pães.
Todavia, é cedo para concluir se tais estruturas são comuns em todas as estrelas ou se a HH 212 é uma exceção. Mas os cientistas esperam descobrir outros discos de acreção para encontrar respostas e entender como nasceu o Sol e outros planetas.