O relatório prevê que a tensão não diminuirá durante 2017 e, por isso, recomenda que a Letônia aumente as suas capacidades de defesa, incluindo os gastos militares.
Este caso lança uma luz sobre a atitude que os países ocidentais têm em relação a Moscou e explica "por que a Europa e os Estados Unidos perdem o juízo diante de uma possível agressão russa e da necessidade de neutralizá-la", escreve Viktor Marakovsky, observador da Sputnik.
As autoridades do país ficaram decepcionadas, uma vez que a população ignorou os exercícios. O objetivo, de fato, era sensibilizar os lituanos sobre a possibilidade de uma invasão russa.
"O caso dos Países Bálticos é anedótico, mas típico. Coisas semelhantes acontecem em outros países europeus", escreve Marakhovsky.
O orçamento militar da Alemanha também vai aumentando progressivamente, ano após ano. O gasto da Alemanha teve um aumento de cerca de 2,7 bilhões de dólares em comparação com período anterior ao agravamento das relações entre a Rússia e o Ocidente.
No fim de 2016, Suécia repôs a sua presença em Gotland, sua maior ilha no mar Báltico. O ponto geográfico havia sido descrito anteriormente como uma "porta de entrada para a agressão russa". Em março, o comandante supremo das Forças Armadas suecas, Micael Byden, declarou que exército precisa de 718 milhões de dólares adicionais para melhorar as capacidades militares do país nos próximos anos.
O analista russo salienta que todos na Europa estão obcecados com a ideia da suposta "ameaça russa". "Proteger" de uma agressão imaginária de tanques e espiões russos é uma ótima desculpa para pedir mais dinheiro.
Está na moda pensar: "Hoje — a Crimeia, amanhã — a Polônia" e todo mundo segue esta orientação, sublinha o analista.
"Ninguém está interessado na realidade, exceto na realidade financeira", concluiu Marakhovsky.