"As guerras no Iraque, Afeganistão e Síria, das quais a Letônia também participa, constituem o próprio terror. Fomos nós, o Ocidente, quem deu origem ao terrorismo. Nós começamos a guerra na Síria, nós destruímos o Iraque", assinalou.
"Os militares que fugiram do Iraque organizaram o Daesh e declararam guerra santa contra nós. Nós chamamos isso de terrorismo, eles — de guerra de libertação, ou seja, 'fora da nossa terra, parem de tirar nosso petróleo, vão embora. Deixem-nos ser donos da nossa terra'. Fomos nós que contribuímos para a morte de [ex-líder líbio] Muammar Kadhafi. No tempo dele, na Líbia havia educação grátis, as crianças andavam na escola. E agora? É um país em ruínas. Começamos as guerras, mas não sabemos como terminá-las", acredita Jurkans.
Na opinião do ex-ministro letão, a receita da luta contra o terrorismo é simples: não se deve iniciar as guerras. O político contou que há pouco foi a Londres e lá conversou com um islamista.
"Ele me disse: 'Você destruiu minha casa, queimou minhas oliveiras, roubou minha terra, matou meus familiares e tirou meu emprego. Desmantelou o meu país, humilhou o meu povo. Sim, você me permitiu morar no seu país, mas não me deu as mesmas oportunidades que você tem. E ao mesmo tempo me está impondo seu modelo de vida", partilhou Jurkans.
Em 20 de abril, houve um tiroteio em Paris, na sequência do qual foi morto um policial, sendo que seu colega ficou ferido. A organização terrorista Daesh, proibida na Rússia, reivindicou o atentado.