Papa Francisco compara campos de refugiados europeus a campos de concentração

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O Papa Francisco comparou neste sábado vários campos para refugiados dentro da União Europeia a verdadeiros campos de concentração, tais quais os utilizados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

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A declaração foi feito durante uma cerimônia na Basílica de São Bartolomeu, em Roma, quando o pontífice narrava a história de uma cristã que foi assassinada por terroristas islâmicos, na frente do seu marido, muçulmano, por se recusar a retirar seu crucifixo. Esse relato, segundo a Rádio Vaticano, foi ouvido por Francisco da boca do próprio viúvo, um refugiado que ele conheceu ao visitar um campo de acolhimento na ilha grega de Lesbos. 

"Não sei se aquele homem conseguiu sair daquele campo de concentração", disse o Papa, se referindo ao campo de refugiados visitado. "Aprecio o empenho de acolhimento de alguns povos generosos, mas parece que os acordos internacionais são mais importantes do que os direitos humanos", acrescentou.

Ainda de acordo com a Rádio Vaticano, Francisco se encontrou com um grupo de refugiados e vítimas de tráfico humano ao final do evento e voltou a falar sobre a questão migratória, defendendo mais solidariedade por parte dos governos europeus.

"Pensemos na crueldade que se abate sobre tantas pessoas, em tantas pessoas que chegam em embarcações e são acolhidos por países generosos, como Itália e Grécia, mas depois os tratados não deixam… Se na Itália dois migrantes fossem acolhidos por município, teria lugar para todos. Que a generosidade de Lampedusa, Sicília, Lesbos, possam contagiar a todos. Somos uma civilização que não faz filhos e mesmo assim fechamos as portas aos migrantes: isso se chama suicídio", afirmou o pontífice.

 

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