Washington está preocupado com a possibilidade de a Coreia do Norte conseguir uma tecnologia que permita alcançar o território estadunidense com seus mísseis, e isto pode parecer ainda mais aterrorizante se for confirmada a informação de que os cientistas norte-coreanos já são capazes de instalar ogivas nucleares em seus mísseis balísticos.
Porém, parece que a situação é ainda mais perigosa do que se pensava. De acordo com o estudo realizado por vários think tanks, os mísseis do país asiático supostamente já serão capazes de alcançar não somente os EUA, mas também vários países da América Latina.
Daí, surge uma pergunta: quais são as armas norte-coreanas que ameaçam o hemisfério ocidental?
A Coreia do Norte quase nunca tem pudor de mostrar todo seu poderio militar com o fim de dissuadir o possível agressor de uma invasão do país. A maneira mais fácil e prática de se declarar apto e se proteger é realizar um desfile militar, e esta é precisamente a opção que Pyongyang escolhe todos os anos.
As autoridades norte-coreanas mostraram suas armas mais avançadas, enquanto o resto do mundo refletia sobre as capacidades de defesa e de ataque de Pyongyang. Entre as armas que foram demonstradas na recente parada militar norte-coreana, são de referir os mísseis Musudan, KN-08, KN-11 y KN-17.
Segundo informa o Instituto George C. Marshall, o alcance de alguns destes mísseis atinge até 8 mil quilômetros, o que significa que podem chegar à parte continental dos Estados Unidos ou do Canadá.
Business Insider has replaced their Hypothetical Scary Nuke Map from Heritage Foundation w/another Hypothetical Scary Nuke Map from Heritage pic.twitter.com/a8ws0t48MF
— Adam H. Johnson (@adamjohnsonNYC) 20 de março de 2017
Não obstante, isso não é o mais preocupante. No caso de uma guerra total, "o pior" viria com os mísseis norte-coreanos Taepodong.
O "laboratório de ideias" americano, a Fundação Heritage, calcula que este tipo de mísseis, particularmente os Taepodong 2 y Taepodong 3, podem atacar alvos a distância de até 13 mil quilômetros. Em outras palavras, quase todo o território da América do Norte está em perigo, incluindo os países latino-americanos como o México e a Guatemala.
Entretanto, já faz muito que os militares americanos estão convencidos de que têm a situação sob seu controle. Há vários anos, o almirante norte-americano Bill Gortney proclamou que seu país seria capaz de deter qualquer míssil norte-coreano que se aproxime do território americano.
Na realidade, não são os EUA que correm o maior risco com um provável ataque norte-coreano, mas a Coreia do Sul, cuja capital Seul se localiza somente a várias dezenas de quilômetros da fronteira entre as duas Coreias.