De acordo com a Polícia Federal, além dos presos, três suspeitos foram mortos durante confronto com as forças de segurança na segunda-feira (24). Um policial paraguaio também morreu na troca de tiros. Quatro civis paraguaios ficaram feridos.
Na ação, os agentes ainda apreenderam 2 barcos, sete veículos, sete quilos de explosivos, munições e armamento pesado, além de seis fuzis, sendo um deles calibre ponto 50, capaz de derrubar pequenas aeronaves e ultrapassar carros blindados.
Os criminosos foram localizados a partir de informações do setor de inteligência, após 10 horas de buscas. Parte do material apreendido estava escondido em uma mansão que servia como base da quadrilha na Ciudad del Este.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, em Foz do Iguaçu, Geraldo Evangelista, a ação pode ter sido coordenada por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior facção criminosa do Brasil.
"O modus operandi foi um pouco repetido, já aconteceu no Brasil. Uma quadrilha capitaneada, infelizmente, por brasileiros. Muito provavelmente isso não foi um serviço de amadores. É um roubo que precisa de um planejamento grande", afirmou o delegado.
O ministro do interior do Paraguai, Lorenzo Lezcano destacou o poder bélico usado pelos brasileiros na ação, contra policiais paraguaios que entraram no confronto usando apenas pistolas, pois a delegacia onde estava o armamento mais pesado tinha sido tomada pelos criminosos. "Sempre estiveram fazendo disparos dispersivos contra o pessoal, com fuzis de alto poder de fogo. Com isso, a polícia praticamente teve que recuar."
As forças de segurança do Brasil e do Paraguai seguem com as investigações para tentar localizar e prender a outra parte da quadrilha que conseguiu fugir para o Brasil após o assalto.