National interest: americanos não querem arriscar suas vidas pela Ucrânia

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Os cidadãos dos EUA não acreditam que devam arriscar suas vidas pelo o bem da Ucrânia. No entanto, a maioria da elite norte-americana está segura que a situação é contrária, escreveu no The National Interest o vice-presidente do Instituto Cato, Christopher A. Preble.

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Segundo Preble, há duas semanas, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, cometeu o que é considerado por muitos analistas políticos um pecado imperdoável: questionou por que os cidadãos norte-americanos, que pagam impostos, deveriam ter interesse na Ucrânia.

Muitos o criticaram. Por exemplo, a jornalista Anne Applebaum do jornal The Washington Post declarou que, para apreciar o valor da "Ucrânia protegida, pró-ocidental", o secretário de Estado dos EUA deve reconhecer a importância da criação da OTAN 70 anos atrás.

A reação em questão, no ponto de vista do vice-presidente do Instituto Cato, reflete "uma confiança quase religiosa" em lealdade às normas e acordos internacionais, que seriam seguidos pelos EUA.

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Os políticos, que vêm governando a política externa dos EUA nas últimas décadas, acreditam que é essa lealdade que a faz única, sublinha Preble, lembrando as palavras do ex-secretário de Estado norte-americano, Madeleine Albright: "Nós somos a América. Nós somos uma nação insubstituível. Estamos de pé e olhamos para o futuro".

Não obstante, EUA seguem em uma rota perigosa ao tentar educar outros quanto ao cumprimento de acordos internacionais e ao respeito à integridade territorial de outros países soberanos, destaca o artigo.

Vale destacar que muitos norte-americanos não estão de acordo com a opinião da elite. Pois, para eles o que torna os EUA únicos não tem nada a ver com ajudar outros países, arriscando suas vidas, nem mesmo ser leal aos acordos internacionais, explica Preble.

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Todavia, não está claro se Washington concordará ou não em pagar mais impostos ou se aceitará reduzir suas despesas com programas sociais em prol dos seus aliados.

"Podemos ficar felizes ou lamentar pela opinião pública deste tipo. O que não podemos fazer é ignorá-la. Por isso o secretário de Estado merece ser elogiado ao invés de ser criticado por ter questionado algo tão importante", concluiu o especialista.

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