Ross explicou que a revisão, ao contrário de outras revisões comerciais durante os primeiros 100 dias da presidência de Trump, se concentrará nos próprios acordos e será conduzida conjuntamente pelo Departamento de Comércio e Escritório do Representante de Comércio dos EUA Robert Lighthizer.
Ross também observou que a revisão focará acordos com países, nos quais há grandes desequilíbrios comerciais com os Estados Unidos, a grande maioria dos quais são membros da OMC. Ele então listou China, Japão, Alemanha, México, Irlanda, Vietnã, Itália, Coréia do Sul, Malásia e Índia.
Todos esses países são membros da OMC, disse Ross, com exceção da Alemanha e da Irlanda, que só negociam acordos comerciais como parte da União Européia, e da Coréia do Sul, que possui um acordo comercial bilateral com os Estados Unidos.
"A maior parcela [do déficit comercial dos EUA] é com os países que são abrangidos pelas regras da OMC em vez de acordos individuais", acrescentou Ross.
Além disso, Ross listou entre outros problemas da OMC as cláusulas que exigem dos membros a conferência a outros membros de status de "nação mais favorecida", o que impede que os Estados Unidos ofereçam condições comerciais diferentes a outros países em acordos bilaterais recíprocos.
Apesar dos muitos problemas relacionados com a OMC, Ross reconheceu que é necessário ter um árbitro para os conflitos comerciais, ou seja, os Estados Unidos ainda não definiram se pretendem se retirar da OMC.