“Vou atuar com a Rússia. Podia ter sido com a China, podia ter sido com outros grupos diferentes”, disse Trump, em entrevista à rede norte-americana CBS que foi ao ar neste domingo.
Entretanto, Trump não precisou sobre quais acordos com os russos ele se referia exatamente. As tensões com Moscou subiram consideravelmente, sobretudo após o ataque com mísseis contra uma base aérea na Síria, este um país aliado da Rússia.
Na última semana, o vice-chanceler russo Sergei Riabkov comunicou que o Kremlin trabalha em uma agenda para promover o encontro entre o presidente russo Vladimir Putin e Trump, mas não há ainda uma data definida para tal encontro.
Já foi descartada qualquer possibilidade desse encontro aconteceu na cúpula dos países do G20, em julho, na Alemanha.
“Ficção total”
Questionado sobre a suposta interferência russa nas eleições dos Estados Unidos, Trump chamou o conceito de “ficção total”.
“Se não se consegue capturar um hacker em flagrante, é difícil determinar quem realizou o roubo [de informações]”, avaliou o presidente norte-americano.
Em outubro do ano passado, um mês antes das eleições para a Casa Branca, agências de inteligência do país acusaram os russos de terem interferido no processo eleitoral, supostamente atacando os servidores do Partido Democrata.
Três meses antes, o Wikileaks obteve acesso à correspondência dos democratas e revelou favorecimentos da cúpula do partido à Hillary Clinton, em detrimento ao adversário dela nas prévias, o senador Bernie Sanders.
Da sua parte, a Rússia sempre negou qualquer interferência e classificou como absurdas as acusações a respeito.