Assim, o jornalista francês Georges Malbrunot, colaborador do Le Figaro, compartilhou através de sua conta no Twitter que os F-35 já teriam sido usados em ataques da Força Aérea de Israel contra o aeroporto militar de Mezzeh, em Damasco, durante a noite de 12 para 13 de janeiro.
Mas, embora o ataque tenha realmente tido lugar, os detalhes da história contada por Malbrunot parecem pouco prováveis, de acordo com diferentes especialistas na matéria.
Em primeiro lugar, o Exército sírio tem à sua disposição somente sistemas S-75 e S-125, nenhum dos quais representa uma ameaça substancial para a moderna aviação de guerra. Os únicos S-300 conhecidos em solo sírio estão à disposição das forças russas e cobrem a base naval de Tartus e a base aérea de Hmeymim, ambas na província de Latakia (noroeste da Síria).
O analista militar Tyler Rogoway aponta que o sistema Pantsir-S1 não representa em si uma ameaça para os aviões de combate modernos, nem para os F-35 israelenses em particular. Esta arma tem uma capacidade de curto alcance, e normalmente é utilizada como complemento para cobrir baterias antiaéreas de médio e longo alcance, como os S-300 ou S-400.
Por sua parte, Jeff Halper, autor de "War Against the People' (A Guerra Contra o Povo), um livro que analisa as relações militares entre Israel, os EUA e o povo palestino, considera que é bastante provável que os pilotos israelenses sejam os primeiros a usar os F-35 em situação real de combate.
"Israel serve como campo de testes para o desenvolvimento deste tipo de armamento inovador. O F-35 será posto à prova por Israel. Provavelmente, os pilotos israelenses serão os primeiros a utilizar o avião em situação de combate".
Isso, somado aos apelos para que a Rússia feche a totalidade do espaço aéreo da Síria, poderia desembocar em uma história bastante complicada.