Segundo o jornal, promovendo seus candidatos, Moscou espera enfraquecer a Europa e dividir os países democráticos do Ocidente.
Agora já é evidente que a nova forma de comportamento da Rússia na arena internacional é interferir nas eleições dos países democráticos ocidentais para promover os seus próprios candidatos que, de acordo com o Kremlin, provavelmente o vão ajudar, atacando os candidatos que não o farão, escreve o The Washington Post.
Assim, de acordo com a publicação, os objetivos principais da assim chamada "cyber-interferência russa" se tornaram o líder da corrida presidencial francesa Emmanuel Macron, bem como os centros analíticos ligados à chanceler alemã Angela Merkel, que vai enfrentar eleições neste outono.
O jornal faz um paralelo entre Hillary Clinton, cuja campanha tem estado no foco do Kremlin, e Macron e Merkel que não se envergonham de condenar a "agressão de Moscou na Ucrânia”. Além disso, eles apelam ao prolongamento das sanções econômicas contra a Rússia, o que, segundo The Washington Post, "enfureceu Putin".
"Isso é uma parte da guerra nessa esfera que continua sendo efetuada por parte da Rússia", disse o ministro da Defesa da Dinamarca, Claus Hjort Frederiksen.
"Os republicanos do Congresso [dos EUA], que estão realizando a investigação sobre as eleições de 2016, devem efetuar o seu trabalho; a intervenção russa não é uma questão do partido, é um ataque aos valores americanos básicos", escreve o The Washington Post.