Rússia reduz arsenal nuclear em meio a corrida armamentista internacional

© AFP 2023 / ALEXANDER NEMENOVMíssil balístico intercontinental russo Topol-M em exibição na Praça Vermelha durante celebrações do Dia da Vitória em Moscou (arquivo)
Míssil balístico intercontinental russo Topol-M em exibição na Praça Vermelha durante celebrações do Dia da Vitória em Moscou (arquivo) - Sputnik Brasil
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A Rússia continua realizando ações concretas para reduzir o seu arsenal nuclear, segundo afirmou hoje o diretor do Departamento para Não Proliferação e Controle de Armas do Ministério das Relações Exteriores russo, Mikhail Ulyanov.

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"Apesar do fato de que o clima internacional poderia ser mais favorável, a Rússia continua a tomar medidas específicas para reduzir seus arsenais nucleares. A implementação do Tratado START de 2010 segue como planejado", disse Ulyanov, que chefia a delegação russa na 1ª sessão do Comitê Preparatório para a Conferência de Revisão das Partes no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. 

Moscou espera atingir os níveis estipulados até 5 de fevereiro de 2018. 

"Isso nos leva ao ponto no qual todos os Estados com capacidades nucleares para uso militar devem aderir ao processo de desarmamento", acrescentou Mikhail Ulyanov. 

Enquanto a Rússia mantém o seu compromisso, os Estados Unidos, a outra parte signatária do Tratado START, demonstraram uma ligeira desaceleração no seu desarmamento nuclear ao longo dos últimos anos. O último presidente, Barack Obama, foi o que menos reduziu o número de ogivas nucleares nos EUA desde o fim da Guerra Fria: 1.255, de acordo com a Federação de Cientistas Americanos

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Da queda da União Soviética até os dias atuais, os líderes republicanos foram os que mais se empenharam na destruição desse tipo de armamento no arsenal norte-americano, tendo se livrado de 14.801 ogivas, contra 4.437 dos democratas. Entretanto, contrariando essa tendência, o atual presidente americano, Donald Trump, que é republicano, tem adotado um discurso em prol da restauração da supremacia nuclear do seu país, defendendo o fortalecimento das capacidades militares dos EUA nesse polêmico e perigoso setor. 

Em conversa telefônica realizada em fevereiro deste ano, o presidente russo, Vladimir Putin, teria sugerido a Trump a extensão do atual tratado de redução de armas estratégicas. No entanto, o líder norte-americano, segundo a Reuters, rejeitou prontamente a ideia, afirmando que esse acordo seria um dos muitos erros cometidos durante a administração anterior da Casa Branca.

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