Costa é ligado ao Partido Social Cristão (PSC) e chegou a afirmar que a Funai sofreu um corte de 44% no orçamento e portanto tinha dificuldades para trabalhar e evitar conflitos. "São conflitos às vezes premeditados, que ocorrem e a instituição tem procurado levar a paz no campo, buscando o diálogo e esse é o pensamento do presidente da Funai", afirmou em entrevista coletiva.
Em mensagem de Whatsapp obtida pelo G1, Costa afirmou que foi afastado por estar submetido a um ministro "ruralista" — em referência ao Ministro da Justiça Osmar Serraglio.
"[Fui exonerado] Por não ter atendido o pedido do líder do governo André Moura (PSC-CE) que queria colocar 20 pessoas na Funai que nunca viram índios em suas vidas. Estou sendo exonerado por ser honesto e não compactuar com o malfeito e por ser defensor da causa indígena diante de um ministro ruralista", afirmou Costa.
O ataque
Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 13 pessoas ficaram feridas e dois índios tiveram as mãos amputadas no ataque feito por mando de fazendeiros da região. O governo estadual discorda do número e afirma que apenas sete deram entrada no sistema de saúde e que nenhum indígena teve a mão decepada.
Os índios Gamela reivindicam a demarcação de terra de área de 14 mil hectares localizada na região Norte do Estado, o local também é disputada pelo agronegócio.