Dinamarca está orgulhosa por liderar frota da OTAN contra 'agressão russa'

© REUTERS / Antonio ParrinelloNavios de guerra envolvidos nos exercícios militares anti-submarinos da OTAN Dynamic Manta 2017, no Mar Mediterrâneo, Itália, em 13 de março de 2017
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Ultimamente, os países escandinavos têm se preocupado com a "ameaça russa", inventada por eles mesmos. Para se defender da "agressão russa", Dinamarca assumirá comando da frota da OTAN no Norte do oceano Atlântico, antes liderada pelo seu país vizinho, Noruega.

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A partir de 2018, a Marinha dinamarquesa vai liderar uma das frotas permanentes da OTAN, a frota permanente da OTAN Grupo Marítimo 1 do norte do oceano Atlântico (também conhecido como SNMG1, Standing NATO Maritime Group One), comunicou a rádio DR Forsiden. A Marinha Real Dinamarquesa vai desempenhar um papel-chave em uma área onde também está presente a Marinha russa e que recebe atenção especial pela OTAN.

O ministro da Defesa dinamarquês, Claus Hjort Frederiksen, explicou a necessidade crescente da presença dinamarquesa no mar Báltico, citando a suposta concentração de forças russas.

"O mar Báltico está se tornando uma zona cada vez mais importante, levando em consideração a escalação russa. Então, é visível a necessidade de uma presença mais forte em nossa própria região", Claus Hjort Frederiksen afirmou à rádio DR Forsiden. "Trata-se de uma declaração de confidência à Marinha Dinamarquesa, assim como uma oportunidade de aperfeiçoar habilidades da Marinha", acrescentou.

De acordo com ele, as ações da Rússia representaram uma ameaça crescente à segurança da Dinamarca. Frederiksen também reforçou que a Marinha de seu país se encontra na região não por acaso, mas para que a Rússia e "outros" saibam que quaisquer provocações levarão a consequências.

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No entanto, se falar de provocações, 200 soldados dinamarqueses que fazem parte das forças rotativas da OTAN estão sendo enviados para Estônia no intuito de defender a república Báltica da suposta agressão russa. As forças rotativas serão instaladas a uns 100 km da fronteira russa e, como esperado, tal façanha custará para os cofres da Dinamarca 140 milhões de coroas dinamarquesas (R$ 66 milhões) por ano.

OTAN possui duas marinhas permanentes, chamadas SNMG1 e SNMG2, respetivamente. A primeira navega no leste do Atlântico e no Mar Báltico, enquanto a segunda funciona no Mar Mediterrâneo.

SNMG1 é constituída por vários destróieres e fragatas e contribui regularmente com a Marinha Real Canadense, a Marinha Alemã, Marinha Real Holandesa e com a marinha dos EUA. Vale destacar que as marinhas citadas anteriormente, às vezes, integram-se com as Marinhas da Itália, Bélgica, Dinamarca, Noruega, Polônia, Portugal e Espanha.

A Marinha Real Dinamarquesa é conhecida por sua política "novos, mas poucos" e por evitar constantemente submarinos. No momento atual, ela é constituída por três fragatas, entre elas a Peter Willemoes, a Niels Juel e a Iver Huitfeldt.

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Nos últimos anos, as relações russo-dinamarquesas têm piorado dramaticamente após a reunificação da Crimeia com a Rússia e o conflito na Ucrânia, que são considerados pela Dinamarca como "ocupação russa" e "agressão russa", respetivamente. As relações entre os dois países esfriaram ainda mais depois de a Dinamarca ter anunciado seus planos de se juntar ao escudo antimíssil dos EUA, e também por causa das acusações não aprovadas sobre "ataques cibernéticos" russos.

Anteriormente, a presença militar russa, ao longo de suas fronteiras na região do mar Báltico, tem sido usada como pretexto para a concentração de forças da OTAN na Europa Oriental. Esta ideia foi levada a cabo depois da última cimeira da OTAN, que decidiu aumentar a presença militar no Leste Europeu de modo rotacional com quatro batalhões na Polônia e nos Países Bálticos.

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