A resposta de Teerã foi categórica. O representante persa junto à ONU, Gholamali Khoshroo, enviou uma carta ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na qual expressou seu protesto.
"Ao mesmo tempo que refutamos categoricamente as alegações infundadas contra meu país, gostaria de destacar que esta declaração sua [de Mohammad bin Salman] é uma ameaça direta contra a República Islâmica do Irã", diz a carta.
Khoshroo opina que estas declarações contradizem o artigo 2º da Carta da ONU, que requer que todos os Estados membros desta organização internacional se abstenham de lançar ameaças de uso da força uns contra os outros. Além disso, o diplomata acusou Riad de ameaçar diretamente a integridade territorial do país persa.
De acordo com o jornal americano The New York Times, este incidente pode agudizar as tensões existentes entre o Irã, de maioria xiita, e a Arábia Saudita, com maioria sunita, que além de mais competem pela influência política e religiosa no Oriente Médio e lutam em frentes opostas na guerra síria.