"Fica declarada situação de emergência social no município Manaus, ante o influxo de indígenas estrangeiros desprovidos de meios de manutenção, que pretendem ingressar no país pela fronteira Brasil — Venezuela no Estado vizinho de Roraima", afirma o decreto assinado pelo prefeito Arthur Neto (PSDB).
A capital do Amazonas está recebendo um grande fluxo migratório do país vizinho causado pela sua crise política e social. Segundo a Prefeitura de Manaus, são 355 indígenas venezuelanos morando em Manaus, concentrados no Centro, na Rodoviária e na zona Leste.
"Estamos avaliando os possíveis locais que servirão para o abrigamento dessas pessoas. Temos todo um trabalho de monitoramento de entrada e saída das famílias de Manaus e agora, com o decreto, poderemos avançar mais no atendimento”, afirmou o secretário da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos, Elias Emanuel, em nota enviada à Sputnik Brasil.
Os primeiros 36 Warao chegaram em Manaus em dezembro de 2016, e o número tem aumentado desde então. O secretário Elias Emanuel ainda afirma, por meio da nota enviada à Sputnik, que esteve em Brasília com assessores do gabinete do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário para buscar recursos. Houve a promessa de um repasse de R$ 20 mil a cada grupo de 50 indígenas venezuelanos que estivessem na cidade. Entretanto, ainda não há um cronograma para a liberação dos recursos.