Segundo as declarações do militar, Tóquio planeja comprar mísseis estadunidenses Tomahawk para neutralizar bases de mísseis inimigas. Os mísseis seriam instalados provavelmente em navios da Força Marítima de Autodefesa do Japão nos quais esteja integrado o sistema de combate Aegis.
O governo do premiê Shinzo Abe deseja formar um grupo para estudar se será realizável e se poderia ser contemplada na versão preliminar do orçamento para o ano fiscal de 2018.
Não obstante, já há vozes no governo e no partido no poder que criticam esta medida, que contraria a postura exclusivamente pacífica que o Japão adotou desde o final da Segunda Guerra Mundial e segundo a qual suas forças armadas desempenham um papel unicamente defensivo.
Os Estados Unidos, aliados do Japão, se mostravam prudentes perante os planos de Tóquio para adquirir mísseis de cruzeiro, porém já alteraram sua postura, considerando a escalada de tensão devido às advertências lançadas pela Coreia do Norte.
Fabricados em 1980, os mísseis Tomahawk estão projetados para atingir velocidades subsônicas voando a baixas altitudes e assim evitando os radares do inimigo. Os projéteis, de 1.500 kg de peso e de seis metros de comprimento, foram utilizados pelos EUA no ataque contra a base aérea na Síria.