Opinião: 'Mossul ainda não foi libertada por culpa dos EUA'

© REUTERS / Alaa Al-MarjaniSoldado americano tirando uma selfie na base militar dos EUA em al-Qayyara, ao sul de Mossul em 25 de outubro de 2016
Soldado americano tirando uma selfie na base militar dos EUA em al-Qayyara, ao sul de Mossul em 25 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
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Iniciada em março de 2016, a operação de Mossul ainda não se está aproximando do fim. Uma série de especialistas iraquianos acredita que a razão para a demora da batalha se deve aos EUA, que não fornecem intencionalmente armamentos modernos.

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O perito militar Ahmad al Sharifi disse à Sputnik Árabe que a coalizão internacional integra 62 países, inclusive os EUA, que têm um enorme potencial militar e armas moderníssimas. Entretanto, os bombardeios realizados pelos aviões estrangeiros não causam um efeito destruidor eficaz. O especialista afirmou que a guerra contra a organização terrorista Daesh é usada para pressionar políticos de vários países do mundo.

Segundo Ahmad al Sharifi, se o exército iraquiano tivesse forças de operações especiais aéreas, o Daesh já não existiria. Os EUA não fornecem intencionalmente armas de alta precisão eficazes para combater o terrorismo, o que reduz as vantagens do exército iraquiano e diminui seus avanços.

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O especialista também frisou que as potências regionais também atrapalham as ações do exército iraquiano, já que cuidam primeiramente dos interesses nacionais:

"A Turquia quer beneficiar da situação complicada no Iraque e obstaculiza a entrada do exército iraquiano em Tal Afar e Hawija. Agora, o Iraque está ocupado com a guerra contra os terroristas e não tem possibilidade de esclarecer as relações com os vizinhos, quaisquer que sejam as consequências. Ao mesmo tempo, é necessário entender que os EUA nunca vão contrariar a Turquia, seu parceiro estratégico."

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