"Em 2017, tudo indica que a Rússia vá estar mais segura nos assuntos internacionais, mais imprevisível quanto a sua política em relação aos EUA e mais autoritária em sua política interna. A possibilidade de Moscou influenciar a situação no campo de batalha na Síria e surgimento de governos pró-russos e populistas na Europa poderão estimular Putin a tomar ações preventivas, que promoveriam uma imagem da Rússia como grande potência", diz o relatório.
"Em nossa opinião, a Rússia continuará prestando apoio militar ao regime de Assad [autoridades da Síria] para alcançar regularização política que corresponda a seus interesses", segundo relatório dos EUA.
De acordo com a inteligência norte-americana, o objetivo principal de Moscou na Ucrânia será preservar "influência" e "pressão" sobre Kiev. Afirma-se também que a Rússia se aproveitará do "crescente populismo na Europa" para conseguir o cancelamento das sanções antirrussas. No relatório há acusações contra Rússia sobre uso de propaganda para atingir fins políticos.
"Além disso, a prioridade principal do Kremlin permanecerá sendo modernização militar, apesar de as sanções, preços de óleo baixos e problemas sistemáticos de economia desacelerarem a implementação de tarefas-chave militares", acrescentam.
"Moscou está desenvolvendo um acervo de armamentos nucleares, convencionais e assimétricos, destinados ao alcanço de paridade qualitativo com os EUA", conclui o relatório.