A Coreia do Sul importa tradicionalmente petróleo iraniano e, depois de levantadas as sanções, começou aumentando o volume das importações. Além disso, a Coreia do Sul começou elaborando planos de participar da construção de um gasoduto do Irã até Omã, de onde o gás natural liquefeito seria fornecido à Coreia do Sul (o Irã não possui instalações para a liquefação). Entretanto, os planos podem ser revistos por causa da pressão norte-americana.
Uma analista da empresa, Kim Yeolmae, disse à Sputnik Coreia: "Se os ultraconservadores chegarem ao poder nas presidenciais iranianas, o conflito da administração Trump com o Irã se agravará."
No recém-publicado relatório "Irá Trump romper o acordo nuclear com o Irã?", Kim Yeolmae pressupõe que "se o governo de Rouhani permanecer no poder, a aproximação de Trump à Arábia Saudita e Israel levará ao agravamento das relações com o Irã".
"É muito provável que, ao invés de romper o acordo nuclear, Trump irá pressionar o Irã", disse a especialista, adicionando que é típico de Trump usar os fatores de segurança e armas nucleares para promover sua política econômica.
"Nós não iremos tomar medidas monetárias se vocês tiverem uma atitude correta perante o problema norte-coreano, mas não seria melhor que comprassem o nosso gás de xisto em vez do gás natural iraniano?" Não é um exagero, acredita Kim Yeolmae:
As partes também anunciaram sua parceria estratégica e acordaram em realizar 17 projetos conjuntos e aumentar o volume do comércio mútuo 11 vezes em 10 anos – até $ 600 bilhões.
A Rússia também poderá ser afetada por essas circunstâncias. Se os EUA conquistarem uma cota significante do mercado de gás da Rússia e Irã, haverá um golpe duplo: no setor real e no monetário, conclui a analista.