Esses três países são considerados os maiores importadores do petróleo iraniano.
O chanceler do Irã destaca que as sanções contra o Irã não funcionaram no passado e seu reforço não trará resultados.
Antes, durante o encontro em Pequim em 5 de dezembro entre Zarif e seu homólogo chinês Wang Yi, o último destacou que "o pleno apoio ao cumprimento eficaz das condições deste acordo é uma responsabilidade geral e corresponde aos interesses de todas as partes".
Vale ressaltar que essa postura de Pequim foi anunciada após a aprovação, por ambas as câmaras do Congresso dos EUA, do projeto de lei sobre prorrogação do prazo das sanções contra o Irã por dez anos.
Em entrevista à Sputnik China, Irina Fedorova, especialista do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, apontou que "as sanções americanas estão no centro da atenção dos observadores".
Durante a reunião acima mencionada, as partes iraniana e chinesa confirmaram sua disposição em ampliar a cooperação econômica e o financiamento de projetos. Em particular, foi destacado que a China está interessada na participação do Irã da iniciativa da Rota da Seda terrestre e marítima.
Na opinião do especialista do centro de pesquisas iranianas da Universidade do Sudoeste da China, Ji Kaiyun, as mudanças da situação nos EUA e as tendências que são visíveis com a chegada de Trump ao poder tornam ainda mais séria a confrontação entre os EUA e o Irã.
Ao mesmo tempo o especialista espera que os futuros contatos com a China permitam ao Irã atenuar os efeitos da pressão exercida pelos EUA.
Durante uma coletiva de imprensa em Tóquio, o chanceler iraniano destacou que "hoje em dia o objetivo estratégico do Irã é recuperar o nível das exportações que existia antes das sanções impostas pelo Ocidente". Na opinião de Zarif, neste quesito o Irã aposta na parceria com a China, Índia, Japão e a Coreia do Sul como principais importadores do petróleo iraniano.
Devemos destacar que a China é o país que lidera pelo volume do petróleo importado do Irã. Está ficando evidente que as eventuais novas sanções americanas contra o Irã colocarão em risco a estabilidade dos lucros obtidos com as vendas de petróleo. O Irã está enfrentando um grave défice de recursos e tecnologias para modernizar seu setor petrolífero.
Assim, parece que as visitas do chanceler iraniano Zarif à Índia, China e Japão devem ter servido para Teerã esclarecer o novo papel de cada um desses países no âmbito da sua estratégia energética.