Ex-primeiro-ministro francês chama Hollande e Macron de 'incapazes'

© AP Photo / Michel EulerO presidente da França, Francois Holland, e o presidente eleito, Emmanuel Macron, participam de uma cerimônia para marcar o fim da Segunda Guerra Mundial em Paris, França, 8 de maio de 2017.
O presidente da França, Francois Holland, e o presidente eleito, Emmanuel Macron, participam de uma cerimônia para marcar o fim da Segunda Guerra Mundial em Paris, França, 8 de maio de 2017. - Sputnik Brasil
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O ex-primeiro-ministro francês Manuel Valls criticou fortemente o presidente François Hollande e o presidente eleito Emmanuel Macron, mas desejou sorte ao novo chefe de Estado.

"Sou extremamente lúcido no que se refere a Macron e a sua equipe. Hollande é incapaz, mas permanece em um determinado quadro. Macron também é incapaz, mas não tem códigos, logo, não tem limites", disse Valls durante uma entrevista ao jornal francês Journal du Dimanche

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Ao mesmo tempo, o ex-premiê adicionou que deseja êxitos ao presidente eleito, já que Macron é único candidato que defende na verdade a ideia de reformar a França e, sob sua liderança, o país pode ter uma chance de renascimento.

"Desejo sinceramente que seja bem-sucedido. O desejo de renascimento e de reformas vem de Macron, não de Mélenchon ou de Le Pen, é uma oportunidade", disse Valls.

O político também não considera negativas as semelhanças entre o comportamento de Macron e de Napoleão Bonaparte e acredita que o ex-ministro da Economia ganhou as eleições não graças ao programa eleitoral, mas porque, ao contrário de François Hollande, "faz política".

"É uma mistura de juventude e tradição, é bom, não estou contra o bonapartismo. Sei quais gestos de que a França precisa – aqueles dos quais François Hollande se esqueceu e fez só nos momentos mais dramáticos. Hollande se esqueceu de fazer política, fazendo com que nós fizéssemos a mesma coisa. Macron ganhou as eleições não graças a seu programa, ele alcançou a vitória porque fez política", concluiu Valls. 

Em 7 de maio, Emmanuel Macron, líder do movimento Em Marcha! ganhou com 66,1% o segundo turno das presidenciais francesas, em disputa com a candidata da Frente Nacional, Marine Le Pen, que obteve 33,9% dos votos.

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