O colunista da edição National Interest, Sebastien Roblin, apelou em seu artigo recente à cúpula militar americana para refletir sobre o tema. De acordo com o analista, embora a Rússia tenha desenvolvido vários modelos de mísseis de cruzeiro para sua Marinha de guerra, são precisamente os Kalibr que constituirão a maior ameaça para os EUA nos próximos anos.
Em 2015 e 2016, a Rússia atacou as posições das forças extremistas na Síria tanto a partir do mar Mediterrâneo como a partir do Cáspio, sobrevoando o espaço aéreo do Irã e do Iraque.
"Desta maneira, a Rússia demonstrou sua capacidade de atacar a longas distâncias", recorda Roblin.
A família de mísseis Kalibr conta com dezenas de versões. Assim, como exemplo, a versão antinavio tem um menor alcance efetivo, mas é capaz de alcançar velocidades supersônicas (Mach 3) e baixar até 4,6 metros na sua trajetória, o que a faz quase impossível de neutralizar por sistemas de defesa dos navios. A versão terrestre não consegue estas velocidades, mas tem um alcance de até 2.400 km.
Roblin adiantou que os Estados Unidos também estão tentando criar um sistema de distribuição de armas e um dos seus elementos principais seriam os prometedores navios de combate litoral (LCS). Entretanto, o projeto enfrenta desafios importantes, um dos quais consiste no fato de para estes navios não se fazerem mísseis comparáveis em suas capacidades com os sistemas Kalibr.