No texto, publicado em sua página na internet, a ex-chefe de Estado faz duras críticas ao atual governo do presidente Michel Temer, e volta a acusar os responsáveis pelo seu impeachment de serem golpistas que se recusaram a aceitar o resultado da eleição de 2014, quando ela, Dilma, derrotou o senador Aécio Neves, do PSDB, conquistando 54 milhões de votos.
"O Brasil continua sangrando com os retrocessos impostos pelo governo golpista. Agora está sem rumo, diante das graves acusações lançadas nos últimos dias", declarou Dilma. "Na democracia, a regra é clara: o poder emana do povo e em seu nome é exercido. Nenhuma eleição indireta terá a legitimidade para tirar o país do abismo em que foi mergulhado", acrescentou, afastando a possibilidade defendida por alguns políticos de deixar o Congresso Nacional escolher um eventual substituto para Temer, acusado de corrupção, obstrução a investigação e participação em organização criminosa.
A única saída para a crise são eleições diretas, já! https://t.co/HsxNogEV7V #DiretasJa
— Dilma Rousseff (@dilmabr) 19 de maio de 2017