"A descoberta de satélites de todos os grandes planetas anões, exceto Sedna, significa que na altura do nascimento desses corpos celestes, as colisões entre os 'embriões' dos planetas era uma coisa mais frequente do que imaginávamos antes. Isso muda nossa percepção sobre o surgimento do Sistema Solar e limita os cenários possíveis do seu nascimento", declarou Csaba Kiss do Observatório Konkoly em Budapeste.
Segundo destaca o artigo publicado no Astrophysical Journal Letters, o planeta anão 2007 OR10 foi descoberto em 2007 pelos famosos planetólogos Megan Schwamb e Mike Brown. Desde esse tempo o planeta provocou muitas disputas entre os cientistas devido à cor extraordinária da sua superfície, que os astrônomos não podiam explicar.
Quanto à superfície do planeta, a sua cor se deve à "neve" de hidrocarbonetos aromáticos.
Kiss e seus colegas encontraram, na verdade por acaso, mais um detalhe peculiar do "irmão de Plutão" ao analisar as imagens dos planetas anões feitas pelo telescópio espacial Hubble, que às vezes "dá uma espiada" no Sistema Solar.
Os cientistas descobriram que, para completar uma volta ao redor do seu eixo, o planeta precisa de 45 horas, e não as 24 como outros corpos celestes do Cinturão de Kuiper.
Existe uma explicação simples desta tão baixa velocidade de rotação — tem um satélite cuja influência gravitacional faz o planeta a girar mais lentamente, explica Kiss. Ele sublinha que algo parecido aconteceu com a Terra quando ganhou seu satélite, a Lua, pois antes nosso planeta girava mais rápido.
Segundo estimam os cientistas, o satélite do planeta anão precisa de 35-100 dias para dar à volta ao planeta e sua posição é semelhante à do nosso satélite.
Ainda tem muita coisa a ser estudada nesse sistema, até a possibilidade de haver outras luas.