Em pedido de investigação do Supremo Tribunal Federal (STF), Janot examinou a delação de um dos donos do grupo empresarial JBS, Joesley Batista, envolvendo o presidente Michel Temer.
O procurador-geral da República verificou uma "articulação" de Aécio Neves e Michel Temer para impedir os avanços da Operação Lava Jato.
"Verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.
Ao analisar a delação sobre o encontro entre Joesley e Temer em 7 de março, no Palácio do Jaburu, em Brasília, Janot afirmou que houve "anuência" de Michel Temer em pagamento de propina mensal para Eduardo Cunha por um dos donos do grupo JBS, Joesley Batista.
Rodrigo Janot pediu nesta sexta-feira a abertura de um inquérito contra Michel Temer por possível prática de corrupção passiva, constituição e participação em organização criminosa, além de obstrução à investigação de organização criminosa.