De acordo com o Ministério de Relações Exteriores norte-coreano, Washington está conduzindo um esquema para impor sanções e pressionar a Coreia do Norte, o que leva a um aumento das tensões na Península Coreana.
A reação de Pyongyang indica que o regime de Kim Jong-un não tem qualquer intenção de abdicar do seu programa nuclear, nem mesmo após autoridades dos Estados Unidos declararem que uma mudança de regime não esteja no radar da Casa Branca.
Na sexta-feira, o embaixador norte-coreano na ONU já havia destacado que o governo norte-americano precisa recuar em suas pressões antes de falar em retomada do diálogo com o país asiático.
Um dia antes, o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson pediu um voto de confiança aos norte-coreanos, pedindo que não sejam realizados novos testes nucleares ou com mísseis na península – algo que Pyongyang não indicou que acatará, muito pelo contrário: há uma expectativa que em breve o país realize um novo teste nuclear.
No último domingo, a Coreia do Norte realizou um teste com um míssil de médio a longo alcance, o qual poderia carregar uma ogiva nuclear, de acordo com o governo norte-coreano. O teste foi considerado bem-sucedido e ampliou os temores em torno do potencial bélico e nuclear do país asiático.
A Casa Branca enfrenta pressões até mesmo no Congresso norte-americano, pois informações de inteligência dão conta que os norte-coreanos estão se aproximando da tecnologia que possibilitará a produção de um confiável míssil intercontinental, que poderia atingir cidades na América do Norte.