A assinatura do contrato para compra dos submarinos aconteceu durante uma visita do então presidente francês Nicolas Sarkozy ao Brasil, relembrou a publicação. O presidente brasileiro na ocasião era o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
O Brasil encomendou um submarino nuclear e quatro submarinos de ataque convencional Scorpene, fabricados pela DCNS, um grupo industrial francês especializado em defesa naval e energia, em colaboração com a empresa naval espanhola Navantia.
Segundo a Agência AFP, um porta-voz da DCNS negou qualquer irregularidade no caso, afirmando que a empresa "respeita a lei em todo o mundo".
A questão dos submarinos também está no radar da Operação Lava Jato. Em delações premiadas homologadas neste ano, cinco executivos da Odebrecht revelaram que R$ 31 bilhões ligados ao submarino nuclear viraram propina para militares e dinheiro de caixa 2 para o PT.
A DCNS foi mencionada pelos executivos. A empresa francesa teria procurado a Odebrecht para participar como parceira do projeto e orientou que repasses ilegais fossem feitos a um operador da firma no Brasil: o lobista José Amaro Ramos. Este faria a distribuição aos demais envolvidos.
O projeto do submarino nuclear e dos demais submarinos convencionais segue em andamento e a Marinha brasileira estima que esteja 100% concluído em 2027.