"Poucos dias antes das eleições [nos EUA], eu tentava entender a estranha afeição de Donald Trump por Vladimir Putin. Ele era aquela pessoa que Putin e os russos chamam de 'tolo útil' ou 'idiota útil'. Este termo dos tempos da Guerra Fria se refere a uma pessoa ingênua que o Kremlin controla e pode usar para beneficiar a Rússia. Agora, passados seis meses, e com grande decepção, se pode dizer que o termo ‘idiota útil’ está sendo uma descrição bastante precisa", afirmou o ex-chefe da CIA.
O ex-diretor da CIA acredita que "a inteligência norte-americana parte do princípio que há grande probabilidade de a Rússia ter influenciado a campanha eleitoral nos EUA", nomeadamente, não a contagem dos votos, mas o decurso da campanha. Ele afirmou que a Alemanha também devia "recear" a interferência nas eleições parlamentares que se vão realizar em 24 de setembro e a inteligência alemã deve "dar passos para identificar os atacantes".
A inteligência norte-americana tinha acusado a Rússia de tentar influenciar as presidenciais no país em 2016. A Rússia negou várias vezes as acusações, o porta-voz do Kremlin as classificou como "absolutamente sem fundamento".