"Penso que tenho que convencer Vladimir Putin a fornecer armas às Filipinas. Não se trada de uma grande quantidade de armas, mas sobretudo de mísseis terrestres de alta precisão", disse o líder filipino em entrevista à mídia russa respondendo à pregunta sobre um possível acordo para o fornecimento a Manila de armas ligeiras, mísseis de alta precisão, helicópteros e aviões.
De acordo com Duterte, as autoridades filipinas precisam destes armamentos para combater os grupos armados que "semeiam o caos" no país.
"Estamos lutando com os rebeldes, tais como havia antes na Rússia. São simplesmente bandidos que semeiam o caos. São poucos e nem sempre são precisas armas pesadas para combatê-los. Mas precisamos de armas de precisão que nós não temos. Trata-se de armas ligeiras, de mísseis que podem atingir alvos com precisão e, talvez, o que é muito importante na luta contra os rebeldes, helicópteros e aviões. Não queremos jatos, mas aviões de hélices, não muito caros e mais eficientes no combate contra pequenos grupos de terroristas nas zonas de conflito", disse.
"Acho que vocês têm sistemas de precisão mais eficazes, sendo a Rússia melhor nesta área do que os EUA. Além dos russos serem melhores neste caso, também são generosos e estão dispostos a ajudar", explicou o presidente filipino.
Ele também acrescentou que no momento "apenas se pode acreditar nas palavras da Rússia e da China" no mundo.
"Os EUA são hipócritas. Lá a mão esquerda não sabe o que está fazendo a mão direita, por isso vão ter sempre problemas, mal-entendidos, e se conseguirem evitar o ódio, pelo menos vão sentir antipatia uns pelos outros", sublinhou o presidente, acrescentando que o seu país excluiu os EUA da lista de países a quem pedirão ajuda e cooperação.
Nos fins de abril, o ministro da Defesa das Filipinas, Delfin Lorenzana, declarou durante seu encontro com seu homólogo russo, Sergei Shoigu, que Moscou e Manila planejam firmar um acordo de cooperação na área de defesa durante a visita de Duterte à Rússia.