A reunião vai acontecer no dia 29 de maio, no Palácio de Versalhes, coincidindo com os 300 anos da relação franco-russa, que data de 1717, quando da visita do czar Pedro I, conhecido como Pedro O Grande.
Macron e Putin se encontrarão três semanas depois da vitória do centrista nas eleições presidenciais da França, superando a líder de direita Marine Le Pen, da Frente Nacional. Durante a campanha, ela fez uma visita a Moscou e foi recebida por Putin, o que foi interpretado por países ocidentais como uma “preferência”, o que foi negado pelo Kremlin.
Há sete meses, Putin cancelou uma visita a Paris por desentendimentos com o ex-presidente francês, François Hollande, que os bombardeios russos sobre a cidade síria de Aleppo poderia ser caracterizados como crimes de guerra.
Segundo o Kremlin, os dois líderes debaterão as relações bilaterais e temas envolvendo o combate ao terrorismo e as crises na Ucrânia e na Síria. O embaixador russo na França, Alexandrer Orlov, afirmou na semana passada que Moscou possui uma “percepção positiva” de Macron, tido como “muito inteligente, realista e pragmático”.
Já o novo presidente francês deve colocar um outro tema sobre a mesa no encontro com Putin: a guerra cibernética.
De acordo com a Agência AFP, Macron recentemente teceu críticas a Moscou por supostamente ter lançado mão de uma “estratégia híbrida que combina a intimidação militar e uma guerra de informação, [criando] um novo estado de atuação a nível internacional e especialmente a segurança europeia”.
Tal entendimento fez com que a campanha de Macron vetasse a presença de profissionais da Sputnik e da RT em seus comícios.
Além disso, há três anos Macron também foi crítico aos conflitos envolvendo a reintegração da Crimeia pelo Kremlin, em meio à crise na Ucrânia.