Nas vésperas de sua visita à Rússia, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, comentou as relações sino-filipinas. Saiba como os especialistas avaliam as palavras dele em uma entrevista à Sputnik China.
O especialista da Faculdade das Relações Exteriores da Universidade Estatal de Moscou, Aleksei Fenenko, pensa que o conflito que mencionou Duterte é real.
Em uma entrevista à mídia russa, Duterte chamou Trump de seu amigo, mas destacou que mudou o curso pró-americano do seu país. Anteriormente, as Filipinas seguiam "um rumo de cooperação com os EUA, mas agora estão desenvolvendo uma aliança com a China, com os países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e agora com a Rússia".
Daria Panarina, especialista do Instituto de Estudos Orientais russo, destacou que os EUA e as Filipinas têm um acordo militar que prevê a proteção recíproca em caso de conflito militar, mas, segundo ela, na situação atual os EUA não vão apoiar as Filipinas em caso de um conflito aberto com a China.
"Penso que [as Filipinas] percebem isso. As declarações ruidosas são uma coisa. Eles não podem confiar que os EUA os apoiem em um conflito contra a China", disse a especialista.
Mian tem certeza que, caso a guerra comece, ela vai resultar em vítimas catastróficas para as Filipinas, mas a China não vai sofrer muito.
A agência Reuters comunicou que, na sexta-feira passada, o presidente das Filipinas comunicou, durante seu discurso em uma emissora de TV, que durante um encontro com o líder chinês, Xi Jinping, ele o advertiu sobre a possibilidade de uma guerra caso as Filipinas comecem explorando petróleo nos territórios disputados no mar do Sul da China.