Anteriormente, os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) já haviam denunciado Lula em outros dois processos, por supostamente ter recebido propinas das construtoras Odebrecht e OAS – R$ 128 milhões e R$ 27 milhões, respectivamente.
Além do ex-presidente Lula, outras 12 pessoas foram denunciadas nesta segunda-feira como partes do mesmo processo. Em comum, todos são acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
A denúncia será analisada agora pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Lava Jato na primeira instância, na qual respondem os investigados que não possuem foro privilegiado. Se ele aceitar, Lula passará a ser réu neste novo processo.
A lista de denunciados por envolvimento com o sítio de Atibaia, que é atribuído pelos procuradores a Lula como parte de pagamento de propinas por parte da Odebrecht, conta com nomes como o de Emílio Odebrecht (dono da Odebrecht), Marcelo Odebrecht (presidente da Odebrecht), José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro (dono da OAS), José Carlos Bumlai (pecuarista e amigo de Lula), Roberto Teixeira (advogado de Lula), Fernando Bittar (sócio de um dos filhos de Lula e apontado pela defesa como real dono do sítio), além de executivos das duas empreiteiras.
A polêmica em torno do sítio envolve ainda os gastos de R$ 870 mil com reformas no sítio, as quais teriam sido custeadas pelas duas construtoras, de acordo com a denúncia do MPF.
Os outros dois processos em que Lula já é réu em Curitiba envolvem um apartamento tríplex no Guarujá, no litoral paulista, e a compra de um terreno para servir como a nova sede do Instituto Lula.
Em Brasília, Lula também é réu no processo que apura uma suposta tentativa de obstrução a Justiça com a possível compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
A defesa do ex-presidente Lula ainda não se pronunciou sobre a nova denúncia contra o petista.