A decisão judicial acontece poucas semanas após o parlamentar, que já foi prefeito de São Paulo e está na vida pública há décadas, se gabar de não estar incluído na relação de políticos mencionados na Operação Lava Jato.
Não só não estou na Lava Jato e na lista do Janot, como não estou no mensalão.
— Paulo Salim Maluf (@paulosalimmaluf) 15 de março de 2017
Relator da Lava Jato e também do caso de Maluf, o ministro Edson Fachin votou pela condenação do deputado e foi acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux. Já o ministro Marco Aurélio Mello votou contra.
O ex-prefeito de São Paulo foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo uso de contas bancárias em nome de offshores (firmas usadas para investimentos) no exterior para lavar dinheiro desviado da Prefeitura da capital paulista, entre os anos de 1993 e 1996.
Ainda de acordo com a acusação, a obra de construção da Avenida Água Espraiada (atual Avenida Jornalista Roberto Marinho), na zona sul da cidade, foi uma das fontes de recursos desviados pelo parlamentar à época.
O MPF afirmou na denúncia que o prejuízo aos cofres públicos ultrapassou os R$ 172 milhões.
Com a decisão do STF, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados será informada da incompatibilidade do cumprimento da pena e o exercício do mandato, o que pode levar Maluf a perder a cadeira de deputado.
Além desse processo em que foi condenado, Maluf ainda responde a outras três ações penais no STF – uma por corrupção passiva, outra por crimes financeiros, e outra de falsidade ideológica eleitoral.
A defesa de Maluf ainda não se manifestou. Cabe recurso da decisão.