"Fazendo isso, eles seguirão os passos das duas brigadas holandesas, uma das quais já aderiu à Divisão das Forças de Resposta Rápida da Bundeswehr e a outra foi incorporada na 1ª Divisão Blindada das Forças Armadas alemãs", escreveu a jornalista.
Bro argumenta que tal integração permitirá à Bundeswehr aumentar seu poder militar em pouco tempo e cuidar da segurança europeia.
Ao comentar a publicação da jornalista, a edição alemã do jornal online Huffington Post escreveu que suas palavras parecem uma teoria da conspiração. No entanto, na verdade essas atividades, descritas pela jornalista, têm muito a ver com a realidade.
"Os alemães levam muito à sério a integração militar internacional", contou ao Huffington Post o especialista militar Johannes Varwick da Universidade Martin Luther de Halle-Wittenberg. "O que estamos vendo agora não é um exército europeu, mas sim mais um passo rumo a ele."
"Nem todos os países da UE querem fazer parte de um exército comum europeu, então eles [a Bundeswehr] estão tentando fazê-lo passo a passo e clandestinamente", disse Varwick.
A analista de segurança do Centro para Estudos Orientais (Polônia), Justyna Gotkowska, por sua vez, acredita que a iniciativa de criar um exército comum europeu resulta da "fraqueza da Bundeswehr".
"A Alemanha se deu conta que ela precisa compensar as brechas em suas forças terrestres para ganhar influência militar e política na OTAN", disse a especialista ao canal de televisão russo RT.
A ideia de criar um exército comum da Europa faz parte da agenda da UE há muito tempo. Em novembro de 2016, o bloco europeu aprovou o novo plano de segurança e defesa, que excluía a criação de um exército da UE. No entanto, alguns países europeus não querem desistir desta ideia, procurando aprofundar a integração militar dentro do bloco.