A declaração foi feita durante uma audiência no Senado dos EUA. Stewart enfatizou o perigo para reforçar a necessidade de pressões para desmobilizar os esforços norte-coreanos em torno do seu programa nuclear e de mísseis balísticos.
Na audiência, os congressistas pressionaram o tenente-general e o diretor da Inteligência Nacional, Dan Coats, a respeito do quanto de tempo falta para Pyongyang ter em seu poder um míssil que seja capaz de chegar ao país. Ambos se recusaram a fazer uma estimativa.
Stewart disse apenas que os riscos estão aumentando. “Embora seja quase impossível prever quando esta capacidade estará operacional, o regime norte-coreano está comprometido e está em um caminho onde essa capacidade é inevitável”, avaliou.
Recentemente, o especialista em mísseis John Schilling estimou que a Coreia do Norte não terá tal míssil intercontinental até pelo menos 2020, e até 2025 para obter um alimentado por combustível sólido. Contudo, é possível haver uma variação nas previsões, sobretudo pela dificuldade em coleta de informações em solo norte-coreano.
Novas sanções podem incluir bloqueios
Na intenção de pressionar ainda mais o regime de Kim Jong-un, o presidente norte-americano Donald Trump pode vir a sugerir bloqueios navais e zonas com voos proibidos, de acordo com o professor da Academia Nacional Diplomática da Coreia, Shin Beom-chul.
Além disso, a chance de Pyongyang alcançar a meta de obter um míssil intercontinental pode permitir que a Casa Branca tome “medidas militares contra Pyongyang”, o que seria “a opção mais atraente sobre a mesa da perspectiva de Trump”.
Contudo, o professor disse crer que o medo de uma retaliação militar maciça dos norte-coreanos deve manter a alternativa militar em compasso de espera.
“Ele [Trump] ainda pode criar tensões militares por meio de outras opções, sem executar um ataque militar direto contra a Coreia do Norte. Ou seja, operações militares, bloqueios navais e a imposição de uma zona de exclusão podem também aumentar as tensões no nordeste da Ásia”, comentou Shin à agência sul-coreana Yonhap.