Segundo ele, a violência em Brasília teve início quando os manifestantes se aproximaram do cordão de isolamento perto do Congresso Nacional.
"Alguns manifestantes tentaram ultrapassar esse isolamento da grade e ocupar parte do gramado. A Polícia Militar e a Segurança Nacional, como já conhecemos há algum tempo, realizaram as ações de truculência e arbitrariedade, lançando gás de pimenta, bombas de gás lacrimogênio, balas de borrachas. Há relatos, inclusive, de que em alguns momentos foram realizados tiros com armas letais", diz o ativista.
"A Polícia Militar e a Segurança Nacional foram acionadas para garantir a ordem dessa sociedade desigual, opressora e violenta que a gente acompanha", destacou.
PM atirando com arma letal pra cima de manifestantes hoje Brasília.
— gυiмαrãєs (@savam_) 24 de maio de 2017
24/05/2017
Foto: @MARIACHIRJ pic.twitter.com/RrEV9P2jbu
Ao comentar os confrontos entre a polícia e os manifestantes, o ativista foi na contramão da retórica do "vandalismo" e classificou as depredações provocadas pelos manifestantes como "medidas de resistência" contra os ataques policiais.
"E, pra resistir, os manifestantes queimaram alguns espaços, inclusive dois ministérios sofreram com incêndios, vidraças foram quebradas, pontos de ônibus, porque foram medidas de resistência e pra mostrar também que a população não aguenta mais ser recebida por um conjunto de ataques e aceitar isso de uma maneira pacífica ou passiva", disse o professor e ativista.
"Hoje foi mais uma ação de um governo golpista e ilegítimo contra a classe trabalhadora em movimento, pensando uma outra perspectiva para o seu país", concluiu.