O presidente da SSAB sueca, Hakan Buskhe, está bastante otimista quanto às perspectivas de modernização militar na Europa por causa do "agravamento da segurança".
"Estamos perante um período de tensão aumentada, que pode durar 10-15 anos, e esperamos aumentar o número de encomendas", disse o diretor ao jornal sueco Svenska Dagbladet.
Se mais países se decidirem a cumprir o objetivo orçamental da OTAN, a demanda por equipamento militar poderá aumentar cerca de 25% nos anos que veem, afirmou Hakan Buskhe, mencionando o interesse crescente pelo equipamento de radar da SAAB, especialmente pelo sistema GlobalEye.
Can you believe we launched #GlobalEye only a year ago? Recap on capabilities and a strong first year. #IDEX2017 🇦🇪https://t.co/phaHXq6FEQ pic.twitter.com/Obbc8Wfzjc
— Saab AB (@Saab) 19 de fevereiro de 2017
"Conseguem acreditar que lançamos o GlobalEye apenas há um ano? Resumindo as capacidades e o sucesso do primeiro ano".
No entanto, os produtos mais procurados da empresa continuam sendo os caças do tipo Gripen e os submarinos.
"Na esfera que cobrimos há mais de 50 submarinos que têm que ser substituídos nos próximos anos", contou Hakan Buskhe, entusiasmado, ao Svenska Dagbladet.
Essa desintegração se deve à prioridade dos interesses nacionais. Por exemplo, em 2015 a SAAB reiniciou o projeto fracassado do submarino A26, que foi começado no início dos anos 1990, permaneceu congelado durante os anos 2000 e finalmente foi cancelado dado o desentendimento entre o grupo industrial alemão Thyssen Krupp's e o governo sueco.
Sophisticated silence: Saab's A26 submarine for Sweden sets a new standard in stealthy operations #Euronaval2014 pic.twitter.com/6j5LeAi8Yo
— Saab AB (@Saab) 30 de outubro de 2014
"Silêncio sofisticado: o submarino A26 da Saab lança novos padrões em operações furtivas".
Após décadas de desarmamento e baixos gastos com a defesa, a UE e a OTAN fizeram uma viragem impressionante. O passo-chave foi dado durante a cúpula da OTAN no País de Gales, onde o objetivo de 2% foi indicado a todos os países-membros. A analista Fenella McGerty, da editora britânica Jane's Information Group, prevê que as despesas militares dos membros europeus da OTAN atinjam 1,6% do PIB, com grandes investimentos em tanques, veículos blindados e de transporte de tropas. Espera-se que só em veículos militares sejam gastos ao todo $90 bilhões (R$ 294,2) entre 2016 e 2025. A Suécia, cujas despesas militares desceram para quase 1% do PIB após anos de cortes, também está entre os países prontos a mudar de política nesta área.