"Tenho prazer de ser testemunha de um desejo mútuo tão forte de desenvolver certos aspetos deste acordo e de ver a coincidência de posições das partes quanto ao acordo", disse Peter Hultqvist à agência sueca TT após o encontro.
Este acordo importante, virado a melhorar a cooperação bilateral na área de treinamento, equipamento e pesquisa, foi visto como um sinal de afastamento da Suécia de seu estatuto tradicional de país não-alinhado, que tem servido de base da política externa nacional por muitos anos. Dada a maneira como a mídia sueca apresenta a suposta "ameaça russa", mais pessoas se expressam a favor da cooperação em matéria de defesa aumentada e adesão à OTAN.
Durante a visita, James Mattis acalmou seu homólogo sueco, assegurando que os EUA prestariam apoio à Suécia "caso a Rússia decida atacar".
"Estaremos do lado da Suécia e de todas as outras democracias. A Suécia não faz parte da OTAN, mesmo assim, do nosso ponto de vista, é um amigo e aliado", disse James Mattis, citado pelo jornal Dagens Nyheter.
A próxima oportunidade para os EUA demonstrarem seu apoio acontecerá no outono, durante os exercícios militares Aurora, que são considerados os maiores das últimas décadas. Os exercícios Aurora da Aliança Atlântica vão envolver cerca de 20. 000 efetivos e 40 entidades, sendo realizados em terra, no ar e no mar, inclusive na Suécia central, perto de Estocolmo. Os EUA enviarão mil soldados, assim como veículos todo-o-terreno, helicópteros de ataque Apache, helicópteros de transporte Chinook e dois destroieres.
Em setembro, deverão também ter lugar os exercícios militares russos Zapad, que se realizam de quatro em quatro anos, e que ocorrerão quase ao mesmo tempo que os Aurora. No entanto, Hultqvist excluiu a possibilidade de qualquer cooperação militar com a Rússia.