A aparição de Obama se deu em frente ao Portão de Brandemburgo, no centro da capital alemã. Ao lado de Merkel, o ex-presidente norte-americano saudou o público – estimado em 70 mil pessoas – que celebrava os 500 anos da Reforma Protestante no país.
“Não apenas amo essa cidade, mas uma das minhas parceiras favoritas durante a minha presidência está sentada ao meu lado”, afirmou Obama, em uma mútua troca de sorrisos. “A primeira-ministra Merkel fez um trabalho fantástico, não apenas aqui na Alemanha, mas ao redor do mundo”.
O democrata ainda exaltou a luta pela democracia e contra a repressão de direitos. Obama falou ainda sobre o valor da globalização, antítese de políticas isolacionistas defendidas como o seu sucessor na Casa Branca, o republicano Donald Trump.
“Não podemos nos isolar. Não podemos nos esconder atrás de um muro”, completou.
Durante o evento, a segurança esteve bastante reforçada, sobretudo pelo fato do atentado ocorrido em Manchester, na Grã-Bretanha, na noite de segunda-feira.
Sobre o atentado, Obama se disse “de coração partido” com as 22 vidas que foram perdidas no show da cantora pop norte-americana Ariana Grande, que se apresentava na Arena Manchester quando um homem de 22 anos acionou uma bomba que levava consigo.
“Podemos ver a terrível violência que aconteceu recentemente em Manchester… é um lembrete de que há grande perigo de terrorismo e pessoas que fariam muito mal a outros apenas porque eles são diferentes”, comentou o ex-presidente dos Estados Unidos.
Em sua passagem pela Alemanha, Obama seguiu de Berlim ainda nesta quinta-feira para Baden-Baden, onde recebeu um prêmio concedido pela imprensa do país.