Essas consequências catastróficas podem ocorrer em resultado de um grande terremoto ou de um ataque terrorista, e seria possível evitá-las com regulamentos que a Comissão nunca implementou. A agência baseia sua postura em relatórios errados que excluem a possibilidade de um ato terrorista ou de um incêndio a menos de 80 quilômetros da instalação. De acordo com os cientistas norte-americanos, dessa maneira a Comissão subestima as destruições que um desastre nuclear pode provocar.
"A Comissão foi alvo de pressão do setor nuclear, diretamente e através do Congresso, para subestimar as potenciais consequências de um incêndio, porque ele [o setor] está preocupado que o aumento dos custos possa levar ao encerramento das usinas nucleares", acredita Frank von Hippel, um dos autores do artigo.
Os autores do artigo indicam que, se a Comissão não tomar medidas para reduzir os fatores que podem causar um desastre nuclear, o Congresso pode-as tomar. Os especialistas também acreditam que os estados que subsidiam usinas nucleares podem desempenhar um papel importante e construtivo se apenas financiarem as instalações que aceitam resolver o problema da armazenagem do combustível.