Estes projetos foram apresentados ainda em 2011 pela secretária de Estado Clinton, mas não foram apoiados pelos países da Ásia e Oriente Médio.
Agora o Departamento de Estado pretende criar o bureau da Ásia do Sul e Central para apoiar a criação da Nova Rota da Seda e do corredor econômico indo-pacífico. O Departamento de Estado pretende apoiar os projetos com a força do poder suave, nomeadamente através da diplomacia pública.
"China lança grande ofensiva para abrir a Rota da Seda. Índia se recusou participar do fórum internacional 'um cinturão e uma rota' em Pequim. Provavelmente, ela vai tomar suas próprias iniciativas porque não pode deixar de participar de tais projetos do ponto de vista geopolítico. Não excluo que a Índia queira aproveitar a iniciativa dos EUA e participar dela. A ideia da Rota da Seda na Ásia é impossível sem a participação da Índia, e se os EUA estão realmente dispostos a agir, isso vai ser feito para apoiar a Índia e conter a China", comunicou à Sputnik China a analista do Instituto de Estudos Orientais da Academia das Ciências da Rússia Tatiana Shaumyan.
A analista acredita que os EUA querem aproveitar a vontade da Índia. De acordo com ela, é possível que a Índia venha a participar da iniciativa norte-americana após a recusa da iniciativa chinesa.
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— World Economic Forum (@wef) 24 de maio de 2017
"Este passo foi feito pelos EUA sob influência do fórum 'Um cinturão e uma rota' em Pequim. O fórum mostrou que o projeto já recebeu o reconhecimento a nível internacional. Por outro lado, penso que a atividade dos EUA neste domínio está ligada à defesa do seu prestígio na Ásia. Mas os projetos chinês e norte-americano não são concorrentes, além do mais, os contatos e a cooperação nesta área são possíveis", acredita o analista chinês Liu Ying.
"A Índia não tem chance para realizar sua própria política em relação à China. Ela tenta se apoiar alternadamente na Rússia ou nos EUA no jogo contra a China. Isso sinaliza a fraqueza da posição indiana. Desse ponto de vista, o significado do apoio indiano à iniciativa norte-americana poderá não ser tão importante como esperam os EUA. Além do mais, o apoio político da Índia pode ter o efeito inverso", frisou à Sputnik China Andrei Volodin.
Os analistas acrescentam que a China está buscando ativamente novas áreas para promover a ideia da Rota da Seda a nível internacional. Uma delas é a cúpula G20. Em 24 de maio, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, comunicou que o G20 é a arena mais importante para a regulação da economia internacional, enquanto a criação de "um cinturão e uma rota" é a maior iniciativa da cooperação internacional no mundo atual. Ele expressou a confiança de que o apoio à iniciativa do projeto "um cinturão uma rota" vai impulsionar o G20. Pequim espera que haja interação entre estas áreas de cooperação.