Como declarou à edição estoniana Delfi a porta-voz das manobras, tenente Kristel Maasikmets, um total de seis militares da Aliança foram hospitalizados devido a várias razões, desde o manejo imprudente de armas até negligência.
"Até mesmo um acidente é demais para as forças armadas. Esperamos que os feridos melhorem pronto", indicou Maasikmets. A militar acrescentou que os efetivos são instruídos regularmente e que a segurança está em primeiro lugar para a OTAN.
Porém, no dia 16 de maio, um militar de infantaria estoniano resultou gravemente ferido no polígono Mianniku, quando contra um veículo de transporte foram disparadas balas de treino e o condutor atropelou o efetivo por não ter olhado pelo espelho. No dia seguinte, outro condutor estoniano calculou mal a altura do veículo blindado e tocou em um cabo elétrico com a antena, o que causou o incêndio do veículo e, como resultado, queimaduras nos efetivos.
No dia 19 de maio, um veículo blindado britânico acabou em uma vala cerca do povoado de Soonurme. O condutor, de 35 anos, e o franco-atirador, de 33, foram hospitalizados com ferimentos. Poucas horas antes, um veículo militar chocou com um automóvel civil, quando seguia em marcha à ré.
As manobras poderiam ter sido canceladas devido a um incêndio grande que ocorreu no dia 4 de maio durante os exercícios de tiro no polígono central, que fica na região de Kuusalu. Atualmente, está completamente em desuso devido às consequências do fogo.
Por sua parte, as autoridades — como se soubesse que algo poderia correr mal — publicaram folhas informativas para os residentes da zona, nas quais explicaram o que devem fazer se sua propriedade for danificada por culpa dos efetivos durante as manobras. Além disso, foi pedido aos residentes para não levantar objetos suspeitos do chão.
A infraestrutura militar na Estônia também não estava preparada para receber os militares da Aliança. Em particular, a cidade de Tapa não tinha lugares suficientes nos quarteis para alojar todos os soldados franceses e britânicos. Como consequência, eles foram alojados num acampamento de barracas num polígono. Ao mesmo tempo, a Estônia não é capaz de construir os novos quarteis, posto que isso custaria 38 milhões de euros, o que constitui quase uma décima parte do orçamento militar do país báltico.