Durante a reunião, o político declarou que "a Ucrânia tem capacidade tecnológica e operacional de prestar o serviço de navegação aérea conforme os padrões e as práticas recomendados pela OACI no espaço aéreo internacional sobre o mar aberto".
O titular da pasta sublinhou que "o único cenário aceitável para o país eslavo é o retorno aos tratados internacionais vigentes antes de 2014".
Nesse ano se deu a reunificação da Rússia com a península da Crimeia, após um referendo no qual ao menos 96% dos cidadãos se manifestaram a favor desta opção.
"Afinal, quando a Crimeia fazia parte da Ucrânia, sua zona econômica se estendia por quase metade do mar Negro. As autoridades ucranianas ganharam muito dinheiro ao traçarem rotas aéreas não somente sobre seus próprios territórios, mas também sobre o espaço no mar Negro", declarou o redator em chefe do portal Avia.ru, Roman Gusarov, entrevistado pelo site Svobodnaya Pressa.
Anteriormente, a maioria das rotas aéreas utilizadas pelas linhas russas para voltar à Europa passavam pelo território ucraniano, sendo que com cada voo Kiev ganhava muito dinheiro.
Atualmente, as linhas aéreas russas proíbem realizar voos não só para a Ucrânia, mas também através dos seus territórios. Hoje em dias, as companhias aéreas russas fazem voos através da Bielorrússia.
"Para nós, em geral, isto não custará muito porque é possível contornar o território da Ucrânia em uns 10 ou 15 minutos. Enquanto isso, Kiev perdeu muito dinheiro", explicou.
O analista Vladimir Karnozov do portal Aviation Explorer, por sua vez, considera que, com seu apelo à OACI, os funcionários ucranianos perseguem objetivos puramente políticos. A segurança dos voos, bem como os interesses dos passageiros, fica no segundo plano.
"A aviação não tem nada a ver com isso. O objetivo da OACI é garantir a segurança dos voos. O que a Ucrânia solicita está relacionado com a política, não com a segurança da aviação", enfatizou.