Os exercícios de larga escala incluirão um desembarque anfíbio na Letônia, exercícios com fogo na Polônia e na Lituânia, bem como um assalto aéreo combinado com um atravessamento de um rio por fuzileiros navais britânicos na fronteira entre os dois países.
Repelir um ataque de 'Botnia'
O ciclo de treinamentos começou neste sábado, 27 de maio, na Estônia, com o exercício de comando internacional Saber Knight. As manobras militares são levadas a cabo na cidade de Voru, situada a somente 35 quilômetros da fronteira russa, e seu objetivo é rechaçar o ataque de um país fictício chamado "Botnia".
Além dos militares dos Países Bálticos e da Dinamarca, militares americanos e eslovacos também participarão dos exercícios.
"O objetivo das manobras é melhorar a cooperação entre os militares durante as operações conjuntas", assinalou o coronel Eero Rebo, comandante da Brigada.
Praticar 'guerra híbrida'
Na sexta-feira passada (26), o grupo internacional da OTAN finalizou os exercícios Puma 2017 perto da cidade polonesa de Orzysz. Cerca de 2.500 efetivos, inclusive um batalhão da OTAN, tomarão parte de um simulacro para praticar um cenário de "guerra híbrida" para deter a omnipresente "ameaça russa".
Os militares usarão tanques poloneses PT-91, veículos de combate BMP-1 e veículos blindados de transporte americanos Stryker, assim como helicópteros militares Mi-24 da fabricação soviética.
O aumento da presença militar da OTAN em vários países europeus próximos das fronteiras russas provém do medo de uma hipotética "ameaça russa". Por sua parte, Moscou acredita que os intuitos da OTAN de justificar a preparação militar perto das fronteiras russas "constituem uma viragem perigosa na corrida armamentista" e insta a Aliança a abandonar os planos de construir umas relações com a Rússia "ao estilo dos esquemas e mecanismos da época de confrontação".