Em coletiva de imprensa ao lado do presidente russo, Vladimir Putin, em Versailles, nesta segunda-feira, o chefe de Estado francês fez duras críticas à atuação da imprensa russa, mas destacou que isso não deve impedir o diálogo bilateral. Segundo ele, Rússia e França precisam se aproximar para encontrar soluções comuns para uma série de questões complexas da agenda internacional.
Dialogue et exigence. Arrivée de Vladimir Poutine, président de la Fédération de Russie au @CVersailles. pic.twitter.com/eCTQQgtzP5
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 29 de maio de 2017
Durante o período da eleição presidencial na França, Macron e sua equipe proibiram o acesso da mídia russa a eventos relacionados à sua campanha, acusando o Kremlin e os órgãos de imprensa da Rússia de tentar favorecer a candidata Marine Le Pen, derrotada por Macron no segundo turno do pleito.
Sublinhando o interesse declarado de Le Pen de desenvolver os laços com Moscou, Putin negou que o seu governo tenha tentado interferir de alguma forma na eleição francesa, e explicou que recebeu a candidata da Frente Nacional na Rússia da mesma forma que receberia qualquer político e que foi ela quem expressou o desejo de ir ao país.
Встреча с Президентом Франции Эммануэлем Макрономhttps://t.co/fTEQl4rlqq pic.twitter.com/DQOBXgs3c8
— Владимир Путин (@PutinRF) 29 de maio de 2017
De acordo com o líder russo, esse primeiro encontro com Macron, nesta data em que se comemoram os 300 anos da visita de Pedro I a Versailles, serviu para discutir principalmente assuntos bilaterais. Segundo ele, apesar de todas as restrições, sua crença é a de que os franceses estão mais interessados em cooperar com a Rússia. Embora as questões entre os dois países tenham sido o foco das conversas, Putin disse que também aproveitou para falar com o presidente francês sobre alguns pontos críticos do cenário internacional, como a situação na Síria e na Coreia do Norte.
"Estamos decididos a buscar conjuntamente a solução para todos esses problemas. Uma solução que não piore, mas, sim, melhore a situação", afirmou.