Mantega afirmou que a conta foi aberta antes de assumir sua função como ministro de Fazenda. O político foi ministro da fazenda dos governos de Lula e Dilma Rousseff, entre 2006 e 2015. Antes disso, foi ministro Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, de 2003 a 2004.
Mantega afirmou na petição que acredita ter cometido um erro.
"(Guido Mantega) Não espera perdão nem clemência pelo erro que cometeu ao não declarar valores no exterior, mas reitera que jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de qualquer natureza como contrapartida ao exercício da função pública", afirma o documento enviado pelo ex-ministro à Justiça por meio de seu escritório de advocacia.
Mantega foi alvo de condução coercitiva em setembro de 2016, durante a 34° fase da Operação Lava Jato. Acusado de intermediar propinas para o PT, ele foi detido no Hospital Albert Einstein enquanto acompanhava a esposa que passava por um procedimento cirúrgico para o tratamento de um câncer. Poucas horas depois, Moro revogou a condução coercitiva e afirmou desconhecer o quadro de sua esposa.
Na petição encaminhada por Mantega, o ex-ministro ressalta que foi alvo de "medida de busca", mas não "ter sido convidado a prestar depoimento".